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terça-feira, 20 de julho de 2010

juliet?
ela não ouviu,suponho.
juliet?
...


juliet?
porque isso acontece em mim quando ela não responde?
eu senti alguma coisa em mim enquanto lembrava das linhas que trocávamos.
alguma coisa insiste em voltar aqui.
eu olho.
Juliet,não existe nada aqui.
ela olha como se procurasse o mundo que existe dentro dela.
o quarto é branco. o quarto é um quadrado branco.
o quarto que é o quadrado branco encontra-se absolutamente vazio.
juliet está imóvel.
Juliet?
quanto tempo passamos aqui?
tomamos o ar do quarto cheio de ar.
ela jura que existe.
juliet jura que existe uma coisa aqui.
aqui estamos,juliet.
estamos aqui.
no quarto branco. o quarto é um quadrado branco. uma caixa,absolutamente vazia.
não existe nenhuma surpresa.
embora ela,Juliet, esteja muito surpresa.
juliet está muito vazia com o vazio da caixa.
tudo foi embora.
pra onde foi aquilo que estava aqui?
Juliet?
ela olha como se procurasse o mundo que existe dentro dela.
revira-se.
abre a pequena maleta que tinha nas mãos.
chocolates.
tudo o que a pequena maleta permite.
o que está faltando agora?
o vazio do quarto nos expulsa.
nenhuma surpresa.
das coisas que precisam sair, juliet e eu.
juliet,a metade de mim.
imobilidade é ter a indescritível sensação de estar deixando para trás toda uma vida que nós não vivemos.
Balleias não cabem em malas.
Porque estamos tão tristes juliet?
juliet não se move porque ela é metade de mim quando metade de mim é saudade.
e a outra, também.

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