das coisas que precisam sair : você de mim.
quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
menos cansativo talvez, não por favor. querido.
não desligue assim. você me quebra sem se mexer.
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acabo de engolir um doce pedaço de abacaxi
olhando o céu negro
pensando em ir ao cinema
enquanto os carros fazem trânsito a caminho da barra,
o cachorro toma banho com o novo shampoo,
e a empregada troca o lençol usual para o branco de espelhos do reveillon.
feliz ano novo que vem, como este que se foi.
que o mundo não nos frite.
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terça-feira, 29 de dezembro de 2009
depois de empurrar os chocolates pra minha pretinha
e de um abraço que, ao lembrar, sinto um nó na gargante -
admito que:
não sei o que fazer para te consolar dos amores que se vão
e não deixam migalhas para quem fica.
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acabo de descobrir que fazem 6 anos,
6 anos que uma doce lembrança morreu.
lembrança doce da minha quarta série, quando a paixão me tornava amiga do cupido, querido cupido. Em dezembro de 2003. acidente de carro, o outro disse.
o outro ,por quem eu me apaixonei na quarta série.
e ele, lembrança doce viva na minha memória, que morreu, cupido de minhas ilusões, amigo de telefonemas longos. foi um acidente. estranho acontecimento que interfere a ligação .
logo, não muito distante, doces lembranças tornarão a vida em memórias dos que se foram
só restará recordar - com o vazio que saudade trás.
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tudo é mais calmo aqui embaixo.
precisa-se de ar.
l e v e . flutuante. lento . a z u l .
c a l m o é t u d o a q u i e m b a i x o .
p r e c i s o de ar.
não poder durar debaixo daquilo que se busca no seco.
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das minhas receitas caseiras eu teno 3 prediletas:
galinhas que me fazem olhar o mundo.
chá da manhã a céu aberto.
pensamentos sobre o mau aproveitamento de mim.
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domingo, 27 de dezembro de 2009
fui ao mundo que não vivo sem
beijar os homens azuis e virar heroina de 400 milhões de dólares.
mo cinema.
mesmo que seja americano.
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ela tinha se preparado para tudo aquilo que não sabia.
brincos e pulseiras,todos fora dos costumes.
chegou até a estranhar o peso da prata e ousou pensar em voltar atrás.
alguma coisa na prata já não a deixava tão branca, ela diria.
mas ninguém olharia tão de perto.
arrumou-se cautelosamente. observando os mais mínimos detalhes.
o cheiro,eu diria.
chandon no frigobar.
chester no ponto.
22;00 hrs.
22:15
22:27
22:38
22:44
23:10
23:35
ninguém veio visita-la.
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sábado, 26 de dezembro de 2009
e eu que não fiz dieta por causa do natal,
justamente nesta noite passei mal.
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terça-feira, 22 de dezembro de 2009
lista
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o homem da mesa ao lado tem fones no ouvido, bebe caipirinha de morango e escreve poemas no guardanapo.
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domingo, 20 de dezembro de 2009
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sábado, 19 de dezembro de 2009
contei a felicidade em uma foto que imaginei por segundos que se foram rápido.
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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009
para as pessoas que vivem as coisas que imagino eu desejo nada.
elas vivem. e eu desejo,de alguma forma, mesmo que nada.
nada é a forma que eu encotrei de desejar e estar desejando para mim significa nada.
já que nada é o resultado de tudo aquilo que eu venho desejando.
do nada.venho do nada desejando.
nada é ausência daquilo que se deseja: ausência do objeto desejado.
Querido objeto, sinto muito por toda essa ausência - minha nossa sua - que cria coisas que no instante seguinte existem - existência de coisas causada pela ausência que : me tornam uma pessoa que desejando escreve na folha azul do caderno preto que nunca é usado ( apenas em ocasiões especiais - no ínico de um novo desejo que se faz quase presente - no sentido real da palavra presente, digo, em todos os sentidos que essa palavra contém - apenas em ocasiões especiais )
Desejo nada para o meu amigo oculto com quem se encontra o meu diário
minha-coisa-mais-preciosa
que eu nunca soube que era tão preciosa até o momento que se fez presente: o de presentea-lo com o meu mais-precioso-objeto-da-vida
de mil novecentos e noventa e quatro.
1994 quando eu já escrevia assiduamente sobre todos os complexos que estão recalcados em mim hoje
1994 quando eu comia letras das palavras por motivos diversos.
Toda vez que abro o diario me abro pra ele - porque me invadem todas aquelas memórias e meus cavalos correm-correm-correm para frente e sempre em frente e muito rápido em frente-
é o que acontece enquanto alguém vê de fora uma pessoa parada-sentanda olhando para a coisa aberta nas mãos - grande movimento interno em mim causado pelas páginas amarelas que me abrem-invadem os espaços internos de mim de todos os lados que eu tenho e que não consigo nomear, mas que querem voar com patas que pesam três mil quilos. cavalos pesados.
desejo nada para todos os fins de coisas que eu amo - agora
e que me invadem sempre que as leio.
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segunda-feira, 14 de dezembro de 2009
das coisas esquecidas
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