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quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

para as pessoas que vivem as coisas que imagino eu desejo nada.
elas vivem. e eu desejo,de alguma forma, mesmo que nada.
nada é a forma que eu encotrei de desejar e estar desejando para mim significa nada.
já que nada é o resultado de tudo aquilo que eu venho desejando.
do nada.venho do nada desejando.
nada é ausência daquilo que se deseja: ausência do objeto desejado.
Querido objeto, sinto muito por toda essa ausência - minha nossa sua - que cria coisas que no instante seguinte existem - existência de coisas causada pela ausência que : me tornam uma pessoa que desejando escreve na folha azul do caderno preto que nunca é usado ( apenas em ocasiões especiais - no ínico de um novo desejo que se faz quase presente - no sentido real da palavra presente, digo, em todos os sentidos que essa palavra contém - apenas em ocasiões especiais )
Desejo nada para o meu amigo oculto com quem se encontra o meu diário
minha-coisa-mais-preciosa
que eu nunca soube que era tão preciosa até o momento que se fez presente: o de presentea-lo com o meu mais-precioso-objeto-da-vida
de mil novecentos e noventa e quatro.
1994 quando eu já escrevia assiduamente sobre todos os complexos que estão recalcados em mim hoje
1994 quando eu comia letras das palavras por motivos diversos.
Toda vez que abro o diario me abro pra ele - porque me invadem todas aquelas memórias e meus cavalos correm-correm-correm para frente e sempre em frente e muito rápido em frente-
é o que acontece enquanto alguém vê de fora uma pessoa parada-sentanda olhando para a coisa aberta nas mãos - grande movimento interno em mim causado pelas páginas amarelas que me abrem-invadem os espaços internos de mim de todos os lados que eu tenho e que não consigo nomear, mas que querem voar com patas que pesam três mil quilos. cavalos pesados.
desejo nada para todos os fins de coisas que eu amo - agora
e que me invadem sempre que as leio.

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