ela sabia.
era ela quem teria que resolver.
aquilo estava ali para ser feito.
simples.
devia-se pegar aquilo que ela chamava de tudo e jogar na fogueira.
muito simples.
só abrir mão que significava deixar aquele amor ir embora.
abrir mão daquela paixão que ela,culpada de tudo, construiu ao longo daquelas perguntas inúteis.
algumas estrelas no céu esta noite.
sempre que olhava pra cima,se perguntava que menina no mundo gostaria de ser amiga do príncipe, invés de sua princesa.
ela com todo jeito de não se abriu para uma parte daquele tudo, para a outra metade de tudo, que agora era na frente dela uma imagem.
nada de radiohead agora-
a menina era aparentemente doce, mocinha de cabelo comportado. magra.
A outra metade era a composição física do presente papel não preenchida por ela ou eu mesma.
demorei algum tempo admirando aquilo e contemplando toda essa criação com uma saudade indizível.porque chegamos aqui? Ela estava com ele. E eu sairia dali com o coração limpo.
Não vamos chorar agora.
Abrir mão é não saber o que fazer como vazio que a ausência de uma baleia provoca no meu coração.
quinta-feira, 25 de março de 2010
impulsos de Juliet Brill 2 impulsos alheios
segunda-feira, 22 de março de 2010
eu não diria que ela não possui asas.
mas não se deve empurrar ninguém.
alguém pode acabar se machucando quando ela já estiver do lado de lá.
se você gritar,ela corre.
mas se você chorar,ela voa.
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domingo, 21 de março de 2010
e com todo esse doce eu vomitaria depois de uma mala inteira.
aquela foi uma maleta cheia de boas intenções,eu insisto.
chocolates fora de hora.mensagens fora de época.
recentes velhos tempos em que nos amavamos na minha imaginação.
e não seria nada fácil pra mim digerir esse não,eu insisto.
"ela insiste no sim que se torna não -pela insistência."
disse uma voz na minha cabeça.
coma-me.
mas eu vomitaria se eu fosse eu mesma continuando em:
insistir em querer me abraçar.
não comeria os seus chocolates depois daquelas letras mal resolvidas.
você me enjoa com esse excesso de nãos.
nhe mil vez nhews
todos os sons de nojo. caras que se contorcem pro seu ego.
n0
não obirgado, ele insiste.
ele insiste no não.
boas palavras que se juntam e me causem coisas internas.
aprenda a ouvir o que eu escrevo,
aprenda a ouvir.
menino eu digo,porque ouvir não é o mesmo que ler.
e vc vai entender.
necessidades de mim.
ponha-se daqui pra fora.
minha falta de perspectiva agora me deixa como um cavalo que não corre.
como se fosse possivel,eu comeria aquilo.
aquela grande coisa que se coloca dessa forma tão pequena.
durma. eu insisto.
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domingo, 14 de março de 2010
depois daqueles olhos me metralharem eu senti o peso de ser eu.
não queria aquilo.
não queria ter visto aquela cabeça com o cabelo igual ao meu.
igual ao meu.
aquele cabelo está agora igual ao meu.
não queria isso.
não queria aquele diálogo.
aquela troca de palavras. aquela ausência de resposta.
aquela resposta que era a ausencia daquilo que eu queria.
eu queria aquilo.
eu queria aquilo que não posso ter.
eu queria aquilo que não posso comer.
eu queria não ser aquilo que estou.
agora.
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