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segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Eu também me pergunto o que morreu em mim para que nada se movesse.
Na realidade, não entendemos como foi que em um instante de nada, o tudo me veio.
Eu o vi.
Eu pensei " estou vendo ".
Eu andei e pensei " ele está ali ".
Ele estava, como nunca esteve. Presente, ali.
Pensei "Juliet, veja".
Mas ela, não sei porque, não veio.
Contei até 3 e me virei.
Verdade que ele era ainda mais bonito pessoalmente.
Olhei mais uma vez para o conjunto de nariz, olho e boca, moldados por mãos de anjos.
O garoto estava ali, fora de hora, fora de mim.
Completamente fora de mim, ele que eu guardei aqui dentro por tanto tempo.
Ele que saiu pela lateral e me deixou branca.
Andei um pouco pela rua de pedras, tentando entender o que minhas palavras não alcançam.Palavras de alguém para mim mesma.
saiu de mim um impulso:
“Não, não há nada que eu queira dizer.
É que hoje eu encontrei um pedaço de mim na rua.
É que, agora, isso não tem mais importância.
É que, hoje, eu voltei pra mim.
e não sei exatamente como me ocupar aqui dentro.”


Aconteceu de Juliet não voltar.
Ainda quis senti-la, mas de fato, já não havia Juliet.
Os dias passaram, e uma sensação me perseguiu.
Não estive feliz nem triste, e isso me incomodou profundamente.
Nunca pensei que a indiferença pudesse matar o mais intenso dos sentimentos, acabar com a mais doce criatura.
"Querida Juliet,
Te espero quando voltar a me apaixonar."


1 impulsos alheios:

Golfinho disse...

kikiki! veja que penso em vc ate nas aulas de Formacao do Sistema Internaconal!