De todas as coisas que estavam em mim naquele momento eu tive a coragem de não esconde-las.
Por mais frias que fossem, diria tudo aquilo que estava dentro - minhas palavras não foram agradáveis e mandaram-me embora.Desci as escadas ainda ouvindo os gritos que vinham lá de cima e eram todos contra a minha pessoa.
Rapidamente a vontade de chorar passou. Mas alguma coisa que não se acalmava dentro de mim se fazia presente e eu,sem saber o que fazer disse sim ao convite que me foi oferecido.
Não conversei sobre outras coisas, me entendia cada vez mais na minha solidão e não estava de forma alguma apavorada. Talvez com medo de todo esse novo que se fazia presente diante do tempo que vem chegando. Finalmente estou livre e com medo de todo o grandioso mundo das escolhas que brilham pra mim. A infelicidade parece estar contida dentro de cada nova estrela que me ilumina em idéias contraditórias a tudo que sempre acreditei sobre mim mesma. Ser feliz já não será mais minha meta. Apenas fazer o possível para evitar todo o sofrimento. Repito que se tivesse coragem,terminaria com tudo isso de forma rápida e indolor. Não descobri o método. Novos fieis irão -la. Direi não. Finalmente as coisas chegam ao fim. E tudo chega ao fim. Dizem que "vamos morrer um dia".Vamos esperar agora os dias que vem. Com um pouco mais de liberdade e medo de tudo que nos cerca.
Ras
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Uma onomatopéia de amantes
Ondas salgadas tendo a face arrastada em areia grossa polindo em repetições
doces a sua boca mordida
não é uma religião, uma ...
Há 12 anos
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